Ele não carrega uma câmera, mas bem que o profissional habilitado em imagenologia poderia ser comparado a um fotógrafo. Operando uma variedade de equipamentos, como os de ressonância magnética e de tomografia computadorizada, o biomédico dessa especialidade faz registros do corpo humano. Só que, ao contrário do fotógrafo, seu foco é outro: o interior do corpo humano. São esses registros que permitem o estudo da anatomia e o diagnóstico de anomalias e patologias.
Quem optar pela imagenologia na Biomedicina irá auxiliar no diagnóstico médico. Apesar de não poder interpretar nem assinar laudos de diagnóstico, ao biomédico é permitido operar os equipamentos, além de desenvolver protocolos de estudos e técnicas. Por isso, é necessário um grande conhecimento de anatomia e de patologia para identificar e compreender as alterações mostradas nas imagens. Também é importante ter gosto pela tecnologia.
Tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintilografia, densitometria óssea, ultrassonografia e radiologia médica são alguns dos exames que o biomédico pode realizar. O profissional ainda pode atuar no campo da informática médica, em que trabalha com o armazenamento e o gerenciamento das informações (dados e imagens) relacionadas à saúde. Normalmente, o especialista nesta área atua em hospitais e clínicas de diagnóstico por imagem, onde pode também exercer um papel de coordenação do setor.
A delegada do CRBM-5 na Comarca de Pelotas (RS), Emiliana Claro Avila, escolheu a imagenologia como uma das suas habilitações. Ela detalha as funções do profissional e revela o que a encanta nesta área.
– Quais são as possibilidades de atuação para o biomédico habilitado em imagenologia?
Emiliana Avila – O biomédico está apto a operar os equipamentos em serviços de diagnóstico por imagem, bem como manipular protocolos, coordenar e gerenciar serviços e processos, e atuar no treinamento de novos profissionais operadores (o chamado “application”). O biomédico pode realizar a anamnese e preparo do paciente para o exame, a realização do protocolo do exame em si, incluindo a aplicação do contraste (junto ao médico responsável), preparo e liberação das imagens para o médico radiologista – que é o profissional indicado para interpretá-las e para confeccionar o laudo e assiná-lo.
– Como está o mercado para os biomédicos nesta área?
EA – Acredito que entre os profissionais habilitados para trabalhar em Imagenologia, o biomédico é o profissional mais capacitado, dentro das atribuições que lhe são permitidas. Acredito que cada vez mais temos sido requisitados para as vagas nesta área, principalmente nos grandes centros onde existem grandes hospitais com serviços de diagnóstico por imagem mais sofisticados. O reconhecimento acontece com o tempo e aqui no Sul ainda não somos muitos.
– Quais características e habilidades o profissional deve ter para trabalhar nesta área?
EA – O profissional deve ter profundo conhecimento em anatomia, patologia, bioquímica e biofísica. A constante atualização, estudo e o acompanhamento das novas tecnologias em diagnóstico/pesquisa por métodos de imagem são atributos importantes, pois cada vez mais são divulgados novos protocolos e novas possibilidades diagnósticas, principalmente em medicina nuclear.
– O que te atraiu em imagenologia? O que acha de mais interessante na área?
EA – A Imagenologia é apaixonante! Nesta área, pela atuação no preparo e realização do exame, ter contato com o paciente, acompanhar o relato de seus sinais e sintomas e logo (literalmente) ver a lesão que origina a patologia é extraordinário! São muitas histórias bonitas de superação que se experimenta trabalhando nesta área. O mais interessante é a constante evolução tecnológica que nos permite avançar mais no diagnóstico. A imagenologia é uma área em constante (r)evolução!
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