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Procedimentos de biossegurança para os biomédicos

16-04-20 | Destaque, Notícias

 

Uma das principais características do novo coronavirus é a sua rápida e fácil propagação. Por isso, a preocupação com a segurança dos profissionais da saúde, que estão na linha de frente do combate à Covid-19, é permanente em todos os países que têm sofrido com a pandemia. Além de se tornar um foco de contágio, um profissional infectado resulta na perda de um importante recurso humano no tratamento e no controle da doença.

O CRBM-5 consultou a doutora Lisiane Rocha, microbiologista do Laboratório Weinmann, para destacar as principais medidas que os biomédicos devem tomar para evitar a contaminação durante os procedimentos de diagnóstico laboratorial.

Ambiente e superfícies:

  • Manter os ambientes ventilados;
  • Limpar e desinfetar todas as superfícies com álcool a 70% ou hipoclorito de sódio;
  • Realizar higiene das mãos com álcool em gel ou água e sabonete líquido.

– Procedimento correto de lavagem de mãos: utilizar água e sabonete líquido (40-60 segundos) ou preparação alcoólica a 70% (20-30 segundos).

Equipamentos

  • Cabine de segurança biológica (CSB) classe II

–  Deve ser usado em qualquer procedimento com potencial para gerar aerossóis de partículas finas (por exemplo: preparação de amostras em tubo aberto ou agitação vortex).

–  Após o processamento das amostras, desinfetar as superfícies de trabalho e o equipamento com produtos apropriados. 

 

Equipamentos de proteção individual:

  • Jaleco
  • Avental

– Recomendado para os profissionais com contato direto com o paciente contaminado ou com suspeita de Covid-19.

– Evita a contaminação da pela e da roupa.

– Deve ser descartado após o uso.

  • Luvas de procedimento

–  Atenção para os procedimentos para colocar e retirar as luvas (clique na imagem para ampliar):

  • Óculos de proteção ou protetor facial

– Devem ser exclusivos de cada profissional. Após uso, devem ser limpos e, posteriormente, desinfetados com álcool líquido a 70%, hipoclorito de sódio ou outro desinfetante recomendado.

  • Máscara cirúrgica

– A máscara cirúrgica é descartável, não pode ser reaproveitada.

– Substitua-a cada vez que estiver suja ou úmida. Deve cobrir nariz e boca e estar bem vedada à face.

– Durante o uso, evite tocar na parte da frente da máscara.

– Colocação e remoção devem ser feitas pelas tiras laterais.

 

  • Máscara N95/PFF2

–  Recomendada para procedimentos que geram aerossóis (materiais do trato respiratório)

– Podem ser usadas mais de uma vez, mas pelo mesmo profissional.

– Na remoção, nunca tocar a sua superfície interna.

– Acondicione-a de forma a mantê-la íntegra, limpa e seca para o próximo uso. Para isso, pode ser utilizado um saco ou envelope de papel, embalagens plásticas ou de outro material, desde que não fiquem hermeticamente fechadas.

Fontes: Dra Lisiane Rocha; GVIMS/GGTES/ANVISA, 2020; OPAS/BRA/COVID-19/20-011.
Imprensa CRBM-5

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