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Pesquisa de biomédica faz descoberta sobre gene presente em tumor cerebral infantil

30-06-22 | Destaque, Notícias

Um estudo, de autoria da biomédica Lívia Fratini, identificou, pela primeira vez, como um gene presente no meduloblastoma (tumor cerebral infantil) pode auxiliar no diagnóstico, no tratamento e na determinação da expectativa de vida dos pacientes com este tipo de câncer.

O meduloblastoma é um dos cânceres infantis mais frequentes e fatais. Ele afeta o cerebelo, parte do cérebro responsável pelo controle das atividades motora e regulado pelo gene ZEB1. A pesquisa constatou que este gene aparece em maior quantidade nos meduloblastomas na comparação com o cerebelo saudável. Além disso, descobriu que a maior presença de ZEB1 nos casos mais agressivos da doença está diretamente relacionada à redução na expectativa de vida dos pacientes.

A biomédica Lívia Fratini estuda o gene ZEB1 em meduloblastoma desde 2017

Existem quatro subgrupos moleculares, ou “tipos”, de meduloblastomas. “Nós observamos que no subgrupo mais agressivo, quem tinha mais ZEB1, morria mais rápido”, explica Lívia, doutoranda do Programa de Pós Graduação em Biologia Celular e Molecular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Já nos tipos menos graves do tumor, verificou-se o contrário: a maior quantidade do gene está associada à maior chance de sobrevivência.

A equipe de pesquisadores, formada por profissionais do Instituto do Câncer Infantil (ICI), Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e da UFRGS, também foi a primeira a indicar o ZEB1 como alvo terapêutico, testando o efeito do medicamento Fingolimod em dois subgrupos celulares de meduloblastoma. “Verificamos que o Fingolimod diminui a quantidade de ZEB1 somente no sugrupo mais agressivo”, revela a biomédica.

Assim, com as conclusões do estudo, o gene pode ser um novo biomarcador e auxiliar no diagnóstico, tratamento e no prognóstico deste tipo de câncer cerebral infantil. Segundo Lívia, que estuda o ZEB1 em meduloblastoma desde 2017, o próximo passo é aprofundar o conhecimento sobre o gene nos demais subgrupos do tumor.

A descoberta foi publicada no periódico científico internacional NeuroMolecular Medicine. O artigo pode ser conferido aqui.

Imprensa CRBM-5 (com informações HCPA)

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