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Estudo publicado na Nature tem participação de biomédico

25-08-22 | Destaque, Notícias

Um grupo multidisciplinar de pesquisadores publicou um estudo sobre a genômica do SARS-CoV-2 na determinação da epidemiologia de Covid-19 no Brasil em uma das mais importantes revistas científicas do mundo, a Nature Microbiology. Os pesquisadores reuniram e analisaram mais de 17 mil amostras de genomas do vírus de 27 estados brasileiros e de parte do Paraguai para entender e determinar a dinâmica da transmissão do vírus em 2020 e 2021 no Brasil.

E um biomédico fez parte deste importante estudo: Dr. Vlademir Cantarelli, conselheiro do CRBM-5 e consultor do Grupo Exame/DASA, participou da etapa de sequenciamento das cepas de SARS-CoV-2 no Rio Grande do Sul, contribuindo com o fornecimento de dados do estado para a pesquisa.

De acordo com o artigo, foi possível detectar que, através da genômica do vírus, de março a novembro de 2020, houve a circulação de várias linhagens virais importadas, principalmente da Europa. Após este período, identificou-se uma grande transmissão local, com o surgimento e a forte disseminação de variantes, a partir de janeiro de 2021.

As informações coletadas no Paraguai revelaram também que houve disseminação de variantes do vírus oriundas do Brasil. Com os dados analisados, os pesquisadores observaram que o país, ainda em 2020, deixou de ser um importador para ser um exportador viral, registrando aproximadamente 10 vezes mais eventos de exportação do que de importação do SARS-CoV-2. Os autores estabeleceram ainda uma correlação entre as medidas de restrição e a transmissão do vírus, concluindo que grande parte delas se mostrou ineficaz.

Cantarelli destaca que o trabalho ajudou a demonstrar as movimentações das variantes do vírus no país. “A união deste tipo de esforço é essencial para enfrentar possíveis novas pandemias e criar barreiras mais efetivas para sua contenção”, comenta.

Ao final, o estudo alerta que a co-circulação de variantes (tais como Gama e Zeta), a lenta implementação da vacina e as características demográficas do Brasil formam um ambiente propício para a evolução do vírus e para o surgimento de novas variantes.

Confira o artigo na íntegra.

 

Imprensa CRBM-5

 

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