Nesta quarta-feira (27), o Fórum dos Conselhos e Ordens Profissionais do Rio Grande do Sul esteve reunido com o procurador da República Enrico Freitas, do Ministério Público Federal (MPF), para a entrega do ofício que discorre sobre a contrariedade destas instituições a respeito da modalidade de ensino à distância (EAD).
A preocupação levantada pelos Conselhos refere-se a possibilidade de um despreparo profissional em decorrência da formação em EAD, uma vez que a área da saúde é uma das esferas que mais necessita de vivência em atividades práticas. Com o EAD, perde-se na qualificação profissional e abre margem para prejuízos futuros à população.
Antevendo esta situação, os Conselhos se mobilizaram para reivindicar aos órgãos competentes que o EAD não seja uma modalidade com o poder de substituir o ensino presencial, mas que seja utilizada como uma ferramenta de auxílio nos cursos de saúde.
O Ministério Público entende o posicionamento dos Conselhos, mas acredita que, neste momento, a busca de um senso comum sobre o tema seja a prioridade. Ainda assim, o procurador se colocou à disposição para estudar, junto aos seus pares do MPF, quais ações e iniciativas sobre o tema já foram abordadas. O procurador também ponderou a importância do diálogo e de uma aproximação com o Ministério da Educação, buscando entender como os cursos em EAD estão sendo aplicados atualmente.
Os tópicos levados ao MPF foram previamente debatidos em reunião da Câmara da Saúde do Fórum-RS, em 12 de julho e que definiu as ações do segundo semestre. No encontro com o MPF, estiveram presentes os representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS), Enfermagem (COREN-RS), Farmácia (CRF/RS), Medicina (Cremers) e Psicologia (CRP/RS).